O Renato olhou para os esboços destas personagens e enviou-me uma legenda muito a propósito. Aqui fica, com os meus agradecimentos ao autor
ENA, TANTOS (uma legenda) Da esquerda para a direita:
EM CIMA: Hélder Tadeu, estudante de contabilidade com uma paixão secreta pelo canibalismo. Mariana Jezebel (por baixo de Hélder), secretária e infeliz sorridente. Sepúlveda Tonto, gigantone do Carnaval de Torres. Rabilú Costa, pigmeu do circo. Argentina Tonto, gigantone do Carnaval de Torres e irmã de Sepúlveda. Prof. Cesário Paixão (ao alto), professor universitário de Tapeçaria Aplicada e presidente da Associação dos Amputados do Ultramar do Concelho de Sesimbra (AAUCS). Los Paquitos Equilibristas (por baixo e um sobre os ombros do outro), artistas de variedades circenses desempregados. Esperam que Rabilú lhes consiga um biscate em breve porque passam muita fome. Venceslau Borges, cantor de intervenção. Toni, personificação da morte e cozinheiro de mão cheia. Dona Esmeralda, dominatrix e antiga educadora de infância.
EM BAIXO: Metade de Óscar Solnado, tímido profissional. Alzira Frontispício, autora de prefácios para listas telefónicas. Madre Genoveva do Santo Esófago de Cristo, religiosa. (por baixo de Madre Genoveva): Hélder Inácio, seminarista e revolucionário de esquerda (tenta conciliar as duas actividades e não se tem saído nada mal). Lucas Bonetti, crítico literário e comedor compulsivo. Chico Zurra, estúpido do caraças. Doutor Valentim Carlofe, cientista visionário (por baixo de) "A Criatura", criação do elemento anterior construída com pedaços de cadáver avulsos e uma colossal batata.
Já estou de volta a Lisboa. Depois de umas belas férias, ainda estou a tentar pôr os dias e os sonos em ordem. Porque é que é sempre tão mais fácil (praticamente natural) adaptarmo-nos aos horários das férias? Enfim, a Cave volta a rir.
A Cave Que Ri. La Cave Que Ri. La Cavequerie, ou, lá, lá. Estivéssemos em Paris, com acordeões a soarem em pano de fundo, e isto não era uma cave esconsa de onde saem bonecos, imagens, fragmentos inventados de um quotidiano quase delirante ou até sons pouco reais. Era uma loja finesse onde se comprariam... Caveques. La Cavequerie. Seja lá o que isso fôr.